Muito
se discute sobre a aparência de Cleopatra, se era bela, feia, branca, negra. E
se era verde, laranja ou tinha sardas fluorescentes pelo corpo? Importa? Antes
de qualquer coisa, é necessário pensar na rainha além da cor. As discussões
atuais giram muito em torno de “Cleópatra negra, Cleópatra branca, Cleópatra no
cinema” e suas realizações como governante acabam por cair em segundo plano.
Inteligente, ela fez ações que eram inimagináveis para mulheres de sua época.
Foi pioneira, aprendeu o idioma da terra governada e, engenhosamente, aliou-se
a homens poderosos.
Como
era fisicamente? Talvez a pergunta fique eternamente sem resposta... Os
vencidos a taxaram como uma mulher feia, baixinha e nariguda. Já as imagens do
Egito apresentam uma mulher diferente. Quem está certo? Se por muitos séculos
os faraós se “embelezavam” nas estátuas e murais, podemos crer que a fonte
egípcia é mais confiável à primeira vista? Ou ficamos com “aquela pulga atrás
da orelha” e acreditamos nos romanos?
A
mulher mais poderosa de uma civilização será um enigma por muitos séculos.
Quiçá milênios. Cléo vai estar na boca do povo, não deixando nunca seu nome e
legados morrerem. Antes de qualquer coisa, vamos apreciar suas representações
cinematográficas, por exemplo, com mais abertura: Por qual motivo o estúdio a
representou nesses moldes, com essas características e essa cor? Elizabeth
Taylor é a Cleópatra VII certa e todas as outras são erradas?
Lyz
é a errada frente a visão histórica? Seu figurino está certo e o cenário
errado? Aconteceu uma salada dinástica no filme com mistura de personagens?
ATENÇÃO! São FILMES! Se quisermos fidelidade a história que assistamos a um
DOCUMENTÁRIO (e se bobear, não tem 100% de fidelidade nem ali). Mas vocês se
perguntam: E quem pensa diferente disso está errado? Não. Ainda vivemos em uma
democracia e cada cidadão é livre. Só sugiro que tenhamos uma mente mais aberta
nesse assunto delicado. Voltemos a Cleópatra.
Seu
legado sobrevive em numerosas obras de arte, tanto antigas quanto modernas. A
historiografia romana e a poesia latina produziram uma visão geralmente
polêmica e negativa da rainha que permeava a literatura medieval e
renascentista. Nas artes visuais, representações antigas de Cleópatra incluem a
cunhagem romana e ptolemaica, estátuas, bustos, relevos, vidros e esculturas de
camafeus, e pinturas.
Foi
tema de muitas obras na arte renascentista e barroca, que incluiu esculturas,
pinturas, poesia, dramas teatrais, como Antônio
e Cleópatra, de William
Shakespeare, e óperas como Giulio
Cesare in Egitto, de Georg
Friedrich Händel. Nos tempos modernos, tem aparecido tanto nas artes aplicadas
e belas artes, na sátira burlesca, em produções cinematográficas e em imagens
de marcas para produtos comerciais, tornando-se ícone da cultura popular da
egiptomania.
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