terça-feira, 9 de abril de 2019

CLEOPÁTRA VII - Parte II

CLEÓPATRA VII – A MAIS FAMOSA (parte 02)
As duas imagens sobreviventes, das quais já escrevemos no capítulo anterior, fizeram com que muitos historiadores afirmassem que a suposta beleza de Cleópatra era uma lenda sem fundamento e que, na verdade, a rainha egípcia era uma mulher pouco graciosa, talvez um tanto gorda, e, provavelmente, de não mais de um metro e meio de altura.
Daí a considerá-la "feia" bastava apenas um passo, passo que alguns historiadores britânicos não hesitaram em dar. Então, se não foi a aparência falsamente considerada bonita, o que foi que supostamente fez enlouquecerem de desejo os grandes líderes daquela época?
Em primeiro lugar, é preciso levar em conta que a beleza é um conceito subjetivo que muda com o tempo.
Está bem documentado que na época de Cleópatra as mulheres gorduchas eram consideradas mulheres ideais, e que um rosto era considerado bonito se a cútis era lisa e os olhos, límpidos. Portanto, talvez seja possível dizer que Cleópatra era atraente.
No entanto, é mais provável, e mais cortês em relação às mulheres em geral, que a moral da história de Cleópatra seja que a beleza é algo ilusório. Embora nos textos históricos raramente fosse mencionada a sua aparência (IMAGEM 04), não se pode negar que tinha um grande encanto, astúcia e inteligência.
Foram estes atributos, e talvez seu domínio das estratégias da sedução, o que lhe permitiu controlar e manipular os homens mais poderosos de sua época. Cleópatra era perita em assuntos políticos e militares, e tornou-se uma conselheira indispensável para César e para Marco Antônio. 
Imagem 04: Registro de Cleópatra VII que se encontra no Museu Hermitage, na Rússia. Imagem registrada no site Scala Archives sob código DA12921 com título "Statue of Cleopatra VII  horn of  plenty (51-30 b.C.). Detail.". Créditos da fotografia: DeAgostini Picture Library/Scala, Florence.
Além disso, nesses dois casos, assegurou-se de que a primeira impressão que tivessem dela fosse espetacular e os seduziu com modos teatrais, após uma longa e ponderada preparação.
Não se tratou de encontros casuais nos quais o homem caísse de amor à primeira vista, mais sim abordagem meticulosamente planejada para alcançar os seus objetivos.
Cleópatra sabia exatamente o que queria e como alcançá-lo. Embora a beleza física não tivesse por que ser um impedimento, o certo é que para Cleópatra ela não fazia falta.

OS ROMANOV - PARTE 2

QUEM ERA QUEM NESSA HISTÓRIA IMPERIAL RUSSA? Vamos conhecer um pouco da família Romanov antes de entender mais sobre o acontecimento fatídic...